A MÃE E A SOGRA

Certa feita, duas amigas - Irene e Dulce - que a muito tempo não se viam, encontraram-se casualmente na via pública. Após os comprimentos de praxe, Irene pergunta a sua amiga:

- Dulce, minha querida, me conte de seus filhos, já devem estar bem crescidos.
- Ah Irene, estão sim. André e Dorinha já são dois adultos.
- Nossa como o tempo passa, já se casaram?
- Sim, ambos já estão casados. Dorinha arrumou um marido que é um encanto.

Com entusiasmo Dulce continuou:
- Ele a ajuda nas tarefas domésticas, ele a auxilia na cozinha, dá banho no bebê e quando sai cedo para o trabalho, deixa café pronto e leite na mamadeira. Faz tudo bem baixinho para que ela e o bebê não acordem. Como minha filha deu sorte.

Então Irene inquire:
- Mas e André, também deu sorte com a esposa?

Dulce, com fisionomia transformada, resmunga:
- Ah, Irene. Como meu filhinho André é infeliz. Não seu sorte no casamento não.

Preocupada Irene redargui:
- Nossa amiga, como assim?

- Você acredita que ele tem que ajudar nas tarefas domésticas? Até na cozinha ele tem que ajudar por que aquela folgada da minha nora é muito preguiçosa. Já o vi até tendo de dar banho e trocar o bebê. Como que pode isso Irene? Fiquei sabendo que, pra deixar aquela folgada dormir até mais tarde, ele, antes de sair para o trabalho, faz o café e a mamadeira do bebê. Tudo pra deixar ela curtir a preguiça. Mulherzinha folgada essa minha nora.

Irene rapidamente percebeu que sua amiga via a situação dos filhos ora com o olhar de mãe e ora com o olhar de sogra. Compreendendo que ambos os filhos estavam bem, Irene desconversou e despediram-se.

Sua mãe sempre será sua mãe, mas sua sogra... Não espere muito.

(Autor desconhecido)
(Adaptação livre)